sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Os Salmos II

O Salmo Responsorial


“O costume de cantar o salmo durante a liturgia da palavra da missa remonta aos primeiros séculos da história do cristianismo. Essa prática, herdada do culto da sinagoga judaica, foi incorporada à liturgia cristã muito cedo. Santo Agostinho (século V) fala com certa eloqüência em suas homilias do valor do salmo cantado durante a liturgia da palavra. Aliás, os Santos Padres sempre consideraram o salmo responsorial como uma “leitura” cantada.

A reforma pós Concílio Vaticano II valorizou, de forma expressa, salmo responsorial ligando-o sempre ao sentido teológico da primeira leitura. O salmo ocupa um espaço significativo como resposta por dois motivos: porque é cantado de forma dialogal entre salmista e assembléia e porque é escolhido para responder à palavra de Deus proclamada prolongando, assim, seu sentido teológico-litúrgico e espiritual. Este prolongamento vai-se dando enquanto o (a) salmista entoa as estrofes e a assembléia repete o mesmo refrão. Poderíamos dizer que esse salmo ressoa nos ouvido e no coração da assembléia como um suave eco daquela leitura. É a sua resposta em forma de oração.


O salmo responsorial é “parte integrante da liturgia da palavra”. Tem valor de leitura bíblica. Porém, essa “leitura” possui um caráter diverso das demais proclamadas na liturgia, uma vez que sua estrutura literária é essencialmente lírica e poética.


Via de regra, o salmo responsorial – ao menos nos domingos e festas – deve ser cantado. Não podemos nos contentar com uma simples recitação. Uma melodia elaborada, com fraseado e cadência bem preparadas, traz às palavras do salmo um sabor todo especial. O canto favorece a compreensão do sentido espiritual do salmo e contribui para sua interiorização”.



Fonte: Cantando a Missa e o ofício divino, do Frei Joaquim Fonseca, OFM, p.25-26. Paulus.





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Ronaldo Vicente
02/2010

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